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  • Foto do escritorGilberto Marçal

Semulsp define últimos ajustes para entrega do Cemitério Indígena de Manaus



Como forma de reconhecer e honrar a memória dos primeiros moradores de Manaus, a Prefeitura de Manaus vai entregar, no dia 19 de abril, no Dia do índio, o Cemitério Indígena de Manaus, localizado no cemitério Aparecida, bairro Tarumã, zona Oeste da capital. Os trabalhos são coordenados pela Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp).



O projeto técnico-arquitetônico do campo-santo foi apresentado, nesta quarta-feira, 6/4, pelo secretário da pasta, Altervi Moreira, para os presidentes da Fundação de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Alonso Oliveira e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles.


“O cemitério indígena é um projeto que já surgiu há um tempo na gestão do Sabá Reis e validado pelo prefeito David Almeida. Este é um espaço santo, sagrado e que reconhece a cultura daqui da diversidade indígena e a Semulsp inaugura o espaço com a previsão para o dia 19 de abril. Esperamos uma grande festa para os povos indígenas de Manaus”, declarou Altervi Moreira.


O Cemitério Indígena possui 216 gavetas em cada um dos cinco módulos. No total, há 1080 gavetas no espaço. Para a conclusão dos espaços, serão feitos nos próximos dias as pinturas (grafismos étnicos) dos módulos, o portal de entrada e a oca ritualística. Os dirigentes da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime) são os responsáveis pelo trabalho.


“Memória presente”

Para Marcivana Sateré Mawé, coordenadora da Copime, o cemitério indígena tem um significado importante. É a reparação de uma dívida histórica. “Muitos de nós temos ‘morrido’, nesses 352 anos, no anonimato e, com o cemitério, nós vamos poder ser enterrados com a nossa identidade, que tem sido negada todo este tempo”.


A indígena ressalta que os antepassados deixaram vestígios para a nossa cidade. “Eles deixaram memórias ancestrais nas cerâmicas que são encontradas. E hoje temos a possibilidade, por meio do cemitério, de trazermos essa memória, uma memória presente, o cemitério para nós vai estar presente e ficará para as gerações futuras”.


Reconhecimento


O diretor-presidente da Fundação de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Alonso Oliveira, destacou que esta é uma reparação histórica como forma de reconhecer os primeiros habitantes de nossa cidade. “Em breve entregaremos mais um importante projeto para os povos indígenas de nossa cidade, fruto de um trabalho integrado de diversas secretarias com o aval do prefeito David Almeida”.


O presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles, revelou que a inauguração do Cemitério Indígena de Manaus faz parte de uma história que começou no início da gestão do prefeito David Almeida, quando foi procurado por um grupo de indígenas que apresentaram suas pautas e reinvindicações. “Entre as reivindicações estava um anseio por um reconhecimento e acolhimento da memória das populações indígenas que vivem na cidade de Manaus”.


Texto: Rebeca Mota/ Semulsp

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