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O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) alerta para nova corrida armamentista

  • gilbertosantosmarc
  • 15 de jun.
  • 2 min de leitura

Relatório do SIPRI revela aumento no número de ogivas nucleares e modernização de arsenais, elevando os riscos geopolíticos e a ameaça de conflitos nucleares.


Arsenais nucleares globais em expansão

Veículos militares transportam mísseis balísticos intercontinentais DF-5B no desfile do 70º aniversário da criação da República Popular da China, em 2021, na praça Tiananmen, em Pequim – Foto: Jason Lee /Reuters
Veículos militares transportam mísseis balísticos intercontinentais DF-5B no desfile do 70º aniversário da criação da República Popular da China, em 2021, na praça Tiananmen, em Pequim – Foto: Jason Lee /Reuters

O mundo está entrando em uma nova e mais perigosa era, à medida que potências nucleares expandem seus arsenais e abandonam acordos de controle de armas, alertou o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) em seu relatório anual divulgado nesta segunda-feira. O estudo revela que, em janeiro de 2025, o número estimado de ogivas nucleares globais era de 12.241, com aproximadamente 9.614 mantidas em estoques militares para uso potencial e cerca de 2.100 em alto estado de alerta operacional, principalmente sob controle dos EUA e da Rússia.


Expansão dos arsenais nucleares


O SIPRI destaca que, desde o fim da Guerra Fria, a tendência era de redução no número de ogivas nucleares. No entanto, essa tendência está sendo revertida. Países como Estados Unidos, Rússia, China, Índia e outros estão intensificando a modernização de suas forças nucleares. A China, por exemplo, aumentou seu arsenal de cerca de 410 para 500 ogivas entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024, e projeta ter um número igual ou superior de mísseis balísticos intercontinentais até 2030.


Consequências geopolíticas e riscos elevados



O aumento dos arsenais nucleares está ocorrendo em um contexto de tensões geopolíticas crescentes. A Rússia e os EUA, que juntos possuem quase 90% das ogivas nucleares do mundo, continuam a modernizar suas forças nucleares. A transparência sobre os arsenais nucleares diminuiu significativamente após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, aumentando o risco de escalada involuntária.


Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias, como inteligência artificial, pode introduzir riscos adicionais. Especialistas alertam que a automação total no controle de armas nucleares poderia levar a cenários apocalípticos, caso decisões de vida ou morte sejam deixadas nas mãos de algoritmos.



Ações necessárias para mitigar os riscos


Especialistas defendem a urgência na retomada de acordos internacionais de controle de armas nucleares para evitar uma nova corrida armamentista. A falta de transparência e o aumento da modernização dos arsenais nucleares exigem uma resposta coordenada da comunidade internacional para garantir a estabilidade estratégica e reduzir os riscos de conflitos nucleares.


Fontes:

 
 
 

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©2020 por Gilberto Marçal. 

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