Companhias aéreas cancelam voos para a Venezuela por questões de segurança no espaço aéreo
- gilbertosantosmarc
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Iberia, TAP, Avianca e Gol suspendem rotas para Caracas após alerta da FAA sobre risco elevado no espaço aéreo venezuelano.

Foto: Reprodução/AP/All rights reserved
A Iberia, juntamente com outras grandes companhias aéreas, como a TAP, Avianca e Gol, suspendeu seus voos para a Venezuela, citando preocupações com a segurança no espaço aéreo local. A decisão foi tomada após um alerta emitido pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), que indicou riscos elevados devido à crescente atividade militar na região.
No caso da Iberia, os voos comerciais para Caracas foram cancelados, incluindo o previsto para esta segunda-feira (24), e a suspensão se estenderá aos próximos cinco voos semanais. A companhia ainda não especificou quando as operações serão retomadas.
A TAP seguiu a mesma linha e cancelou os voos de sábado e terça-feira, justificando a medida com base nas recomendações internacionais de segurança. A Avianca, por sua vez, interrompeu seus dois voos diários a partir de Bogotá, enquanto a Gol também suspendeu temporariamente suas operações de fim de semana a partir de São Paulo, oferecendo opções de remarcação, crédito ou reembolso aos passageiros.
O alerta da FAA, emitido em 21 de novembro, advertiu que a situação de segurança no espaço aéreo da Venezuela, especialmente na área de Maiquetía, havia se deteriorado consideravelmente devido ao aumento da atividade militar. A agência americana indicou que essa instabilidade poderia representar um risco para aeronaves em todas as fases do voo, incluindo sobrevoos, decolagens e aterrissagens.
Essa crise aérea ocorre em meio ao recente aumento da presença militar dos EUA na região, com o envio de porta-aviões e submarinos para combater o tráfico de drogas no Caribe. A campanha, liderada pela administração Trump, gerou tensões diplomáticas, com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciando as operações como uma ameaça direta à segurança de seu país. Em resposta, Maduro recebeu apoio de aliados como Rússia, China, Cuba, Nicarágua e Bielorrússia.
A suspensão dos voos é um reflexo das crescentes preocupações sobre a estabilidade na Venezuela, um país já marcado por crises políticas e econômicas, que agora enfrenta uma escalada no risco de segurança aérea.



